segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Alice no país das maravilhas - Lewis Carroll


Foto de Alice Lidell - Inspiradora do livro de Lewis Carroll



PERSONAGENS

Alice
Irmã de Alice
Arauto [Coelho Branco]
Dinah [Gatinha de Alinha]
Rato/Camundongo
Arara
Dodô
Pato
Filhote da Águia;

[...] - alguns animais

Mariana [não aparece, mas é citada por Arauto]
Bill 
Cachorrinho
Lagarta Azul
Duquesa
Lacaio-Peixe
Lacaio-Sapo [criado da Duquesa]
Cozinheira [da Duquesa]
Gato de Cheshire [este é o famoso gato sorridente]
Bebê [que mais tarde vira um Porco]
Lebre d Março
Chapeleiro
Esquilinho
Cinco, Sete, Dois [jardineiros]
Grifo
Tartaruga Falsa
Rei e Rainha de Copas
...Baralhos...



ALGUNS TRECHOS

* "Nesta garrafa não estava escrito veneno, então Alice se arriscou a provar. Como gostou muito(na verdade, tinha um sabor agradável de uma mistura de torta de cereja, creme, abacaxi, peru assado, caramelo e torrada quente com manteiga derretida), logo bebeu até a última gota" - pg. 21

* "Tudo está tão esquisito hoje! E ainda ontem as coisas estavam tão normais...Será que durane a noite eu virei outra pessoa? Deixe-me pensar: Hoje de manhã , quando acordei, eu era a mesma pessoa? Tenho uma vaga lembrança de ter me sentido um pouquinho diferente. Mas se eu não for eu mesma, a próxima pergunta é: Quem sou eu? Essa é que é a questão!" - pg. 25 e 26.

* "Vou apenas olhar para cima e dizer: 'Então, quem sou eu? Primeiro me respondam, e depois, se eu gostar de ser essa pessoa, eu subo; se eu não gostar, fico aqui em baixo embaixo até virar outra pessoa'. " - pg. 27

* "- Está bem, está bem...Prosseguindo, então...Vejamos...Onde estávamos nós...
- Nós? - exclamou a menina, sempre muito solícita e olhando ansiosamente ao seu redor. - Eu sou muito boa nisso! Pode deixar que ajudo a desembaraçar todos os nós!
- Não vou deixar coisíssima nenhuma! - irritou-se o Camundongo, já se lavantando para se retirar dali - Você me ofende dizendo tanta besteira!" - pg. 40

* "- Bom, eu já vi muito gato sem sorriso - lembrou-se Alice - mas um sorriso sem gato?! Essa é a coisa mais absurda que já vi em toda minha vida!" - pg. 76

* "- Qual é a semelhança entre um corvo e uma escrivaninha? [...]
- Acho que posso adivinhar essa! 
- Você quer dizer que consegue adivinhar essa? - interrogou a Lebre de Março.
- Exatamente - concordou a menina. 
- Então você deveria dizer o que está pensando - prosseguiu a Lebre de Março.
- Tudo bem, eu digo - respondeu Alice prontamente - pelo menos... pelo menos eu estou pensando no que vou dizer... o que é a mesma coisa, não é?
- De maneira alguma maneira! - exclamou o Chapeleiro. - É como se você dissesse que "vejo o que como" é a mesma coisa que "como o que vejo". [...]
- Ou o mesmo que dizer - acrescentou o Esquilo, que parecia estar falando dormindo - que "respiro quando durmo" é o mesmo que "durmo quando respiro". - pg. 78 e 79

* " - Que dia do mês é hoje?
Tinha tirado o relógio do bolso e estava meio inquieto olhando para ele, dando sacudidelas de vez em quando e levando-o à orelha.
Alice pensou um pouco e respondeu: - Dia quatro.
- Dois dias errado! - suspirou o Chapeleiro. - Eu disse que manteiga não iria funcionar no mecanismo! - acrescentou, olhando zangado para a Lebre de Março.
- Mas a manteiga era da melhor qualidade - assegurou a Lebre de Março humildemente. 
- Sim, mas com a manteiga devem ter entrado algumas migalhas de pão - retrucou o Chapeleiro. - Você não devia ter usado a faca de pão. 
A Lebre de Março pegou o relógio e olhou para ele com tristeza. Depois, o mergulhou em sua xícara de chá, e olhou novamente, porém, como não achou nada melhor para dizer, simplesmente repetiu sua primeira observação:
- Mas a manteiga era da melhor qualidade. [...]
- Que relógio mais engraçado! - observou a menina. - Ele mostra o dia do mês e não a hora!
E por que deveria? - replicou o Chapeleiro - Por acaso o seu relógio mostra o ano?
- Claro que não - garantiu Alice prontamente. - Mas é porque demora muito para mudar de um ano para outro. 
- Com o meu é a mesma coisa - concluiu o Chapeleiro.
[...]
Já adivinhou a charada? - perguntou o Chapeleiro, voltando-se para Alice novamente.
- Não, desisto - Alice respondeu. - Qual é a resposta?
- Não tenho a menor idéia - afirmou o Chapeleiro.
- Nem eu - concordou a Lebre de Março." pg. 80

* Estava dentro do poço - como explicou o Esquilo.
"- E elas tiravam uma porção de coisas...Todas as coisas que começam com M...
- Por que com M? - perguntou Alice.
- E por que não? - adiantou-se a Lebre de Março.
Alice se calou.
[...]
- Coisas que começam com M, como melancia, magnitude, memória e macaco. É como se diz por aí: "pode tirar o macaquinho da chuva"...Já viu coisa parecida, como tirar um macaco da chuva?
- Bom, já que perguntou - opinou Alice, muito confusa- eu acho que seria cavalinho em vez de macaquinho. Nunca pensei...
- Se nunca pensou, não deveria falar - disse o Chapeleiro." - pg. 65 e 86

* "- E quem são esse? - inquiriu a Rainha, apontando para os três jardineiros que estavam deitados em volta da roseira. [...]
- Como posso saber? - perguntou Alice, surpresa com a própria coragem. - Isso não é da minha conta.
A rainha ficou vermelha de raiva e, depois de encará-la por um momento, como uma fera selvagem, começou a gritar:
- Cortem-lhe a cabeça! Cortem..." - pg. 92

* "A Rainha ficava furiosa. A cada instante batia o pé e gritava: "Cortem-lhe a cabeça!", pelo menos uma vez por minuto." - pg. 94

* "Ela estava olhando ao redor para ver se havia um meio de fugir, e pensando se conseguiria fazê-lo sem ser notada, quando viu uma estranha aparição no ar. No começo não entendeu o que era, mas depois de observar por um tempo chegou a conclusão de que era um sorriso, e disse consigo mesma:
- É o gato de Cheshire." - pg. 96

* "...Querida! Gostaria que alguém desse um sumiço nesse gato!
A Rainha, que só tinha uma maneira de resolver todos os problemas, grandes ou pequenos, gritou sem perda de tempo:
Cortem-lhe a cabeça!" - pg. 97

"... dá muito bem para se tomar sopa sem pimenta. Talvez seja elas que deixem as pessoas tão zangadas.
E prosseguiu, muito satisfeita por ter descoberto uma espécie de regra nova:
- E o vinagre deixa as pessoas azedas...e a camomila as torna amargas...e...e as balas de cevada e coisas desse tipo é que fazem crianças boazinhas. Eu gostaria tanto que as pessoas soubessem disso. Assim não seriam tão pão-duras, porque..." - pg. 101

* "- Aposto que você está se perguntando por que é que eu não coloco meu braço em torno da sua cintura- disse a Duquesa após uma pausa. - O motivo é que estou meio receosa quanto ao temperamento do seu flamingo. Devo tentar? [Cuidado Alice...Pedofilia!!]
- Ele pode dar uma picada - replicou Alice, com cautela, não se sentindo nem um pouco ansiosa para que a tentativa fosse feita"
- É verdade - confirmou a Duquesa: - Flamingos e mostarda são picantes. E a moral é: 'Diga-me com quem andas, e eu te direi quem és'." - pg. 102

* "- Muito engraçado!
-O que é engraçado? - perguntou Alice.
- Ela é engraçada - disse o Grifo. - É tudo imaginação dela, pois nunca houve execução nenhuma..." - pg. 106

* "- E quais matérias você tinha? - perguntou Alice.
- Para começar, Lentura e Descrita, claro - replicou a Tartaruga Falsa. Despois, vinham as quatro operações aritméticas: Ambição, Submissão, Diversão e Enfeiamento.
- Nunca ouvi falar em enfeiamento... - Alice se aventuraou a dizer. - O que é isso?
O Grifo, surpreso, levantou as patas para o alto, e indignou-se:
- Nunca ouviu falar em Enfeiar? Mas suponho que saiba o que é embelezar, não?
-Sei...- respondeu a menina, meio insegura. - Quer dizer...tornar...qualquer coisa...mais bela.
- Pois então - prosseguiu o Grifo - se você não sabe o que é Enfeiamento, é porque é mesmo uma burra."
[...]
"- E quais outras matérias vocês tinham?
- Bom, tínhamos aula de Escória...- respondeu a Tartaruag Falsa, contando as matérias com as patas. - Escória Antiga e Moderna...e Mareografia. Depois era uma Enguia velha, que costumava aparecer uma vez por semana. Ela nos ensinava despenho, endosso e tintura ao molho." - pg. 109

* "- E quanto tempo passavam estudando diariamente?
- Dez horas no primero dia, nove no segundo, e assim por diante - respondeu a Tartaruga Falsa.
- Que maneira mais esquisita de estudo! - exclamou Alice.
- Mas é por isso que o nome é ex-tudo, porque vai diminuindo até no final acabar tudo." - pg. 110

* "...- Nenhum peixe que se preze consegue ir a qualquer parte sem um boto.
 - É mesmo? - surpreendeu-se Alice.
- Claro! - exclamou a Trataruga Falsa.- Se um peixe viesse me contar que estava indo viajar, eu perguntaria: "Com que boto?"
- E por quê? - insistiu a menina em perguntar.
- Porque ele está sempre embotido em tudo, ora - respondeu a Tartaruga Falsa." - pg. 115 e 116

* "Carangueijo parece peixe.
Parece peixe, mas não é.
Carangueijo só é peixe,
Se dançar na ponta do pé."[acho que era a única que conhecia] - pg118

* "Nesse momento um dos porquinhos-da-índia aplaudiu, mas foi imediatamente sufocado pelos funcionários do tribunal. (Como essa expressão pode deixar dúvidas, vou  explicar como isso foi feito: eles tinham um saco de lona bem grande, que se fechava na boca do saco com um barbante. Enfiaram o porquinho-da-índia dentro do saco, de cabeça para baixo, amarram e sentaram em cima.)
- Foi proveitoso ter presenciado essa cena - pensou Alice.- Já vi esse tipo de notícia em jornais e revistas: "No final do julgamento houve uma tentativa de manifestação, que foi imediatamente sufocada pelos funcionários do tribunal". Mas nunca entendi o que isso queria dizer." - pg. 126

* "- Mas que idiotice! - bradou Alice em voz alta - A sentença nunca vem antes do veredito!
- Modere sua língua! - odenou a Rainha, roxa de raiva.
- - A boca é minha! - retrucou Alice.
- Cortem-lhe a cabeça! - gritou a Rainha o mais alto que podia. Ninguém se moveu." - pg. 137



IMAGENS













































   

[Postado: 25 de maio de 2010]

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